A comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado anualmente em 5 de junho, é uma oportunidade para
que os ambientalistas, as autoridades e a população de modo geral reflitam sobre o que está sendo feito, o que ainda falta e o que é fundamental que ocorra para que o planeta -e não só o quintal do cidadão- tenha condições de existir e ser desfrutado hoje e pelas gerações futuras.
Taperá traz, na sua reportagem especial desta quarta-feira, um detalhamento do trabalho que vem sendo desenvolvido pela Prefeitura de Indaiatuba, no sentido de conter a poluição provocada por uma de suas estações de tratamento de esgoto na divisa com Salto, e as ações da Eucatex, uma das maiores empresas saltenses, em relação à poluição do Rio Jundiaí, a qual frequentemente tem matado peixes.
Em ambos os casos os seus agentes têm falhado de forma inaceitável nos propósitos a que se colocaram. É claro que é louvável o interesse deles em buscar uma solução, mas seria melhor ainda para a população e para o meio ambiente se não tivessem deixado a situação chegar aonde chegou. Para tal, faltaram, infelizmente, planejamento, investimento e consciência em relação aos danos que causariam.
Nesse aspecto, Salto está carente também de uma ação mais efetiva da Cetesb, o órgão estadual responsável pela fiscalização, controle, punição e acompanhamento de providências em relação aos agentes, como a Prefeitura de Indaiatuba e a Eucatex, que causam danos ao meio ambiente, pois a repartição é morosa para agir e, quando o faz, demonstra uma maleabilidade incompreensível.
As ações em defesa do meio ambiente não devem ficar restritas a ambientalistas ou a órgãos governamentais encarregados da fiscalização e sim também a Prefeituras, Câmaras e lideranças comunitárias, que são, em última análise, quem vivencia as dificuldades e deve tomar providências mais localmente e em Salto falta ainda muita ação desses canais. Nem mesmo ecopontos a cidade tem em número suficiente.
O Dia Mundial do Meio Ambiente foi criado em um encontro, em 1972, promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas), a fim de tratar de assuntos ambientais, que englobavam o planeta, mais conhecido como Conferência das Nações Unidas, justamente porque os danos cometidos oferecem impactos definitivos para a vida na Terra e comprometem a sobrevivência das novas gerações.
A população deve ficar alerta.
