Transporte escolar provocou críticas da Oposição e esclarecimentos da Situação

Pouquíssimas pessoas vão assistir as sessões de câmara

A oposição ao prefeito Ge­raldo Garcia, na Câmara, está sempre vigilante e não per­de oportunidade de criticá-lo. Além dos assuntos rotineiros (saúde, desemprego, terceiri­zação, gastos desnecessários, reforma da Abadia, etc.), muito abordados até o ano passado, na primeira sessão deste ano, realizada terça-feira, dia 4, o tema que predominou foi o trans­porte escolar de alunos para as escolas municipais da cidade.
Três vereadores da Oposi­ção criticaram o Executivo e a Secretaria da Educação pelas falhas ocorridas no primei­ro dia de aula, segunda-feira. Começou com Edemilson dos Santos que citou o que consi­derou um contrato milionário, com uma empresa de trans­portes, no valor de R$ 4,6 mi­lhões, por 180 dias de servi­ços no transporte dos alunos. Esse contrato, segundo ele, foi emergencial porque a Nardelli, que fazia o transporte, desistiu em novembro e não foram to­madas as devidas providências com a urgência que o caso exi­gia. Com isso as crianças tive­ram que esperar muito tempo e os motoristas não conheciam o itinerário a ser seguido.
Cícero Landim e Márcio Conrado também criticaram a demora no transporte das crianças, o primeiro falando também sobre o abandono das escolas municipais, enquan­to Márcio afirmou que alguns alunos chegaram a ficar 3 horas dentro do ônibus, aproveitando para também lamentar a falta de manutenção nos prédios es­colares.
Vereadores da Situação responderam as críticas, den­tre eles Vinícius Saudino, que pediu desculpas pelos inconve­nientes causados e afirmou que a Prefeitura teve que fazer um contrato emergencial, tendo em vista a desistência da Nardelli. Otávio Miralhes foi mais espe­cífico, fazendo um relato por­menorizado dos fatos. Segundo ele, a Nardelli desistiu no dia 10 de dezembro (e não novem­bro, como afirmou Edemilson) e por isso a Prefeitura teve que fazer uma tomada de preços ur­gente, sendo escolhida a San­cetur, que teve que contratar 22 motoristas e 22 monitoras, verificando-se as falhas no pri­meiro dia, mas aos poucos tudo será sanado. Foi tudo feito às pressas, disse, pois a empresa assumiu dia 30 de janeiro e en­trou em ação em 3 de fevereiro, quatro dias após, sem tempo de preparar-se devidamente. Ou­tro fato que tem atrapalhado, segundo Otávio, é que as es­colas municipais têm horário diferente das estaduais, pois as aulas terminam às 17h30, en­quanto as do Estado finalizam às 18h20.
Praticamente as mesmas alegações foram feitas pelo presidente Lafaiete Pinheiro dos Santos, que criticou os ve­readores da oposição, falando coisas que não refletem a rea­lidade. “E se a Prefeitura não tivesse tomado as devidas pro­vidências e os ônibus não cir­culassem, não teria sido pior?”,perguntou.


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