Apesar das críticas da oposição, empréstimo de 26 milhões foi aprovado

Empréstimo foi aprovado apesar das críticas
Empréstimo foi aprovado apesar das críticas
(Foto: Reprodução)

Foram 10 votos favoráveis e 6 contrários (os 5 da oposição mais Alexandre Xandão – o presidente só vota em caso de empate) O principal projeto colocado em discussão e votação na sessão da última terça-feira, foi o que dispõe sobre a autorização ao Poder Executivo para contratar operação de crédito junto à Caixa Econômica Federal e dá outras providências.
Trata-se da propositura enviada pelo prefeito Geraldo Garcia, que autoriza o município a contrair um empréstimo de R$ 26.402.000 para fazer a captação de água do Rio Jundiaí. Com o voto contrário de apenas 6 vereadores (Edemilson dos Santos, Cícero Landim, Márcio Conrado, Antonio Cordeiro, Divaldo Garotinho e Alexandre Xandão) ela foi aprovada, mas durante a discussão os vereadores oposicionistas fizeram críticas ao fato de o município vir a dispender um total de cerca de 58 milhões, em 20 anos, com carência de 4 anos.
Márcio, por exemplo, afirmou que Indaiatuba só trata a água do Jundiaí em último caso, pois o rio é classe 3 e o custo para o tratamento é mais elevado que o da água captada em outros rios. Edemilson preferiu se referir à falta de planejamento por parte da administração municipal, tomando providências, como do aproveitamento do Jundiaí sem um estudo e discussão antecipada com a sociedade. Já Cícero Landim acha que a utilização da água desse rio não é a medida mais adequada, pois será como “dar veneno para o povo”. Assim como outros vereadores contrários ao projeto, declarou que poderiam ser procuradas outras opções para a captação da água, melhores e mais baratas, sem citar quais seriam essas opções (Divaldo Garotinho sugeriu que se aproveitasse a água do aquífero existente no subsolo de Salto, mas essa hipótese já foi tentada no passada e foi considerada inviável).
Antonio Cordeiro falou sobre a responsabilidade dos vereadores, que são apontados como culpados quando dá errado, mas ele considera que a água do Jundiaí é possível tratar, porém deve-se dar preferência ao Ribeirão Piraí, economizando o valor a ser emprestado, porque não se sabe se depois do tratamento teremos água de qualidade. Alguns vereadores da situação refutaram as críticas, como Luiz Carlos Batista, que esclareceu que será captada parte da água que sobra do Piraí para ser adicionada à do Jundiaí, na foz de ambos os cursos d’água. Além disso, afirmou, os órgãos competentes não constataram problemas na captação a ser feita do Rio Jundiaí. José Benedito Macaia lembrou que um dia vai faltar água na cidade e é necessário nos prepararmos.
Sobre o empréstimo, afirmou que serão 24 anos para pagar e os juros são tão baixos que será compensador. Citou o caso de um empréstimo na compra de um carro, que em apenas 48 meses o valor emprestado dobra e nesse caso serão 24 anos. Otávio Miralhes, outro situacionista, achou estranho que pessoas que sempre ressaltam a necessidade de se conseguir mais água, quando surge uma opção, se manifestam contra.
Citou que hoje Salto capta 480 litros por segundo (200 litros do Piraí, 100 litros da Conceição e 80 litros do Buru), enquanto a captação do Jundiaí será de 200 litros por segundo, mas pode chegar a 1.200. Kiel Damasceno, por sua vez, perguntou: “Quem somos nós para julgar a qualidade da água do Rio Jundiaí e que ela não pode ser tratada?”, referindo-se às justificativas da oposição para votar contra. Natalino Silveira destacou que a captação no Rio Jundiaí não será imediata, mas para daqui 8 ou 10 anos, quando houver necessidade de reforço no abastecimento. Vinicius Saudino afirmou que não vê o projeto como gasto, mas sim como investimento, mostrando que os vereadores atuais não deixaram de se preocupar com o futuro. Por último, o presidente Lafaiete Pinheiro dos Santos discordou de Edemilson sobre a falta de planejamento do governo do município, dizendo que o prefeito está planejando para o futuro.


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